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Mostrando postagens de agosto, 2015

Cidadania

“O historiador José Murilo de Carvalho é   um intelectual de qualidade, com respeitável obra. Num de seus livros, "Cidadania no Brasil", Carvalho toma como referência básica a linha de pensamento de T. H. Marshall , para quem a construção da cidadania se baseia na afirmação de três categorias de direitos: 1.         Civis, 2.         Políticos e 3.           Sociais. Para ser cidadão pleno, é preciso ser titular dos três direitos. Direitos civis são os fundamentais à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: garantia de ir e vir, escolher o trabalho, manifestar o pensamento, organizar-se, ter respeitada a inviolabilidade do lar e da correspondência, não ser preso exceto pela autoridade competente e segundo as leis, não ser condenado sem processo legal regular. Em outras palavras, liberdade individual. Direitos político...

Família Ideal

Luis e Cláudia eram dois jovens quando se conheceram.  Participavam de diferentes grupos de amigos no Colégio, e disputavam a atenção dos demais colegas em todos os eventos. Muitas vezes criticavam um ao outro, e raramente se confraternizavam - estavam sempre em campos opostos. Passaram-se os anos, e, oportunamente se reencontraram.  Agora não eram mais aqueles jovens do passado. Ambos haviam se formado, trabalhavam como executivos bem sucedidos em grandes empresas,  e tinham  constituído família. Conversaram e ficaram sabendo que ambos haviam se separado de seus cônjuges recentemente, e que cada um havia ficado com a guarda de seus filhos adolescentes – ele com três e ela com dois. Contaram suas histórias um para o outro e, surpreendentemente, notaram que aquele antagonismo do passado não mais existia. Muito pelo contrário. Comentaram um com o outro sobre o relacionamento anterior e, coincidentemente, ambos pretendiam realizar uma ‘Mudança’ em suas vidas...

Discordância Responsável

“A ideia de democracia se baseia no reconhecimento do outro. Nada tão antidemocrático como querer desqualificá-lo. Isso vale sobretudo para aquele outro que é mais diferente de mim, mais contrário, aquele que defende ideias que eu detesto. O direito democrático é, antes de tudo, o direito do outro. É celebre a tirada de que "o inferno são os outros". Ao criá-la, Sartre nos lembrou que o outro está sempre − e inevitavelmente − a nos frustrar, e que isso ocorre exatamente por causa de sua alteridade: ele é aquele que nos dá limites. Mas é por isso mesmo − ou seja, por nos impedir de bancar os totalitários − que ele nos faz bem e que essa interação é salutar. O regime democrático alimenta sua legitimidade na deliberação e no debate. Para que esse processo seja autêntico, é necessário que os atores sociais em cena participem com mente aberta, ou seja, estejam dispostos a rever suas opiniões a partir do momento em que escutam os pontos de vista dos demais, notadamente os ...

Grande Família

Luis e Cláudia eram dois jovens quando se conheceram.  Participavam de diferentes grupos de amigos no Colégio, e disputavam a atenção dos demais colegas em todos os eventos. Muitas vezes criticavam um ao outro, e raramente se confraternizavam - estavam sempre em campos opostos. Passaram-se os anos, e, oportunamente se reencontraram.  Agora não eram mais aqueles jovens do passado. Ambos haviam se formado, trabalhavam como executivos bem sucedidos em grandes empresas,  e tinham  constituído família. Conversaram e ficaram sabendo que ambos haviam se separado de seus cônjuges recentemente, e que cada um havia ficado com a guarda de seus filhos adolescentes – ele com três e ela com dois. Contaram suas histórias um para o outro e, surpreendentemente, notaram que aquele antagonismo do passado não mais existia. Muito pelo contrário. Comentaram um com o outro sobre o relacionamento anterior e, coincidentemente, ambos pretendiam realizar uma ‘Mudança’ em suas vidas, e...