“Certo dia, num mosteiro zen-budista,
com a morte do guardião, foi preciso encontrar um substituto. O grande Mestre convocou,
então, todos os discípulos para descobrir quem seria o novo sentinela. O
Mestre, com muita tranquilidade, falou: ‘- Assumirá o posto o monge que
conseguir resolver primeiro o problema que eu vou apresentar.’
Então ele colocou uma mesinha
magnifica, no centro da enorme sala onde estavam reunidos e, sobre ela , pôs um
vaso de porcelana muito raro. E disse apenas: ‘- Aqui está o problema!’
Todos ficaram olhando a cena: o vaso
belíssimo, de valor inestimável. O que representaria? O que fazer? Qual o
enigma? Nesse instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os
companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e ... ZAPT!... DESTRUIU O VASO COM
UM SÓ GOLPE. Tão logo o discípulo retornou ao seu lugar, o Mestre disse: ‘-
Parabéns! Você é o novo guardião do Mosteiro.’
Não importa que o problema seja algo
lindíssimo. Se for um problema, precisa ser eliminado. Um problema é sempre um
problema, mesmo que se trate de uma mulher sensacional, um homem maravilhoso ou
um grande amor que se acabou. Por mais lindo que seja ou tenha sido, se não
existir mais sentido para ele em sua vida, deve ser suprimido. Os orientais
dizem: ‘Para você beber vinho numa taça cheia de chá, é necessário primeiro
jogar o chá para, então, beber o vinho.’
Ou seja, para aprender o novo, é
essencial desaprender o velho. Limpe a sua vida. Comece pelas gavetas, armários,
até chegar às pessoas, e aos acontecimentos do passado que não fazem mais
sentido estar ocupando espaço em sua mente. Então, o problema estará resolvido;
vai ficar mais fácil ser feliz.
Chega um momento na vida que é necessário
(e mais interessante) virar a página; novas e melhores histórias nos esperam
nos próximos capítulos.“
Maria Ramos, Seareiro.
(JA, Jul15)