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Mostrando postagens de julho, 2020

Meditação e Oração

Práticas foram realizadas por 80% dos moradores da cidade durante a quarentena, segundo pesquisa   Durante a quarentena, 80 % dos paulistanos fizeram meditação ou orações. Destes, 35 % dizem ter aumentado as práticas no período, de acordo com pesquisa feita no início de julho. Para a monja Coen, fundadora da Comunidade Zen Budista no Brasil, um dos fatores desse aumento foi a possibilidade de participar de grupos de meditação a distância, sem os inconvenientes dos deslocamentos e as limitações no número de participantes. Na sala de prática do espaço da monja, por exemplo, cabem no máximo 80 pessoas. Um encontro virtual para meditar pode reunir um público de 200 ou mais. Por isso, Coen pretende continuar com as práticas a distância no futuro, mesmo quando, após a chegada da vacina para o coronavírus, o espaço seja reaberto. Mas o aumento da procura por grupos de meditação não se deu só pela praticidade, diz Coen. As pessoas procuram o caminho da espiritualidade para lid

Tendências para o mundo pós-pandemia

Consumir por consumir sai de moda; morar perto do trabalho, atuar mais no coletivo com colegas de empresas, ou vizinhos do bairro. A Covid- 19 vai rever valores e mudar hábitos da sociedade Av. Paulista    durante a quarentena A Covid- 19 mudou nossas vidas. Não estou falando aqui simplesmente da alteração da rotina nesses dias de isolamento, em que não podemos mais fazer caminhadas no Minhocão, ou ir aos nossos bares e restaurantes preferidos. Sim, tudo isso mudou nosso cotidiano - e muito. Convido a pensarmos nas mudanças mais profundas, naquelas transformações que devem moldar a realidade à nossa volta e, claro, as nossas vidas depois que o novo coronavírus baixar a bola. Por isso, talvez, seja melhor mudar o tempo verbal da frase que abre este texto, e dizer que o coronavírus vai mudar as nossas vidas. Mas como? Que cenários prováveis já começam a emergir, e devem se impor no mundo pós-pandemia? O mundo pós-pandemia será diferente Entender que mundo no

Camisa Amarela da Seleção Brasileira

Cor foi escolhida em um concurso do Correio da Manhã vencido por Aldyr Schlee Desenho de Aldyr Schlee para o concurso que elegeu a camisa seleção, 1953 Símbolo do futebol brasileiro e de seu reconhecimento global como país apaixonado pelo esporte, a camisa amarela da seleção, consagrada como pentacampeã mundial, nasceu de um trauma nacional que completa 70 anos nesta quinta-feira (16) . Seleção Brasileira de Uniforme Branco, 1934, ano da na segunda Copa do mundo. Esse uniforme foi utilizado até 1950 Em 16 de julho de 1950 , o Brasil perdeu para o Uruguai por 2 a 1 de virada, no último jogo das equipes na Copa do Mundo realizada no país e ficou com o vice-campeonato, em um Maracanã que reuniu mais de 200 mil pessoas. O episódio entrou para a história do futebol como o Maracanazo. Foi a última vez que a seleção utilizou uniforme branco, sua cor oficial até então, em Mundiais. Em 1953 , um concurso realizado pelo jornal carioca Correio da Manhã, em p

J’Accuse

Publicado em janeiro de 1898, na primeira página do L’Aurore, ‘J’Accuse’ é um dos artigos de jornal mais influentes da história da imprensa. A carta aberta do escritor Émile Zola ao presidente Félix Faure é tida como um monumento de coragem moral e desassombro político. Emile Zola, 1840-1902, escritor Francês A repercussão na época foi bem outra. No dia seguinte à sua publicação, milhares de pessoas tomaram as ruas das maiores cidades francesas. Multidões acossaram judeus, depredaram suas lojas, e atacaram sinagogas. ‘Morte aos traidores!’, gritavam.     Alfred Dreyfus, 1859-1935 O artigo saiu três dias depois do comandante Ferdinand Esterhazy , o verdadeiro culpado da traição atribuída ao capitão Alfred Dreyfus , judeu, ser inocentado pelo Conselho de Guerra. Encarregados de coibir os pogroms, os policiais confraternizaram com os antissemitas. Quem leu ‘Proust Among the Nations’, o livro de Jacqueline Rose sobre o caso Dreyfus, lembrou-se dele q

Tebas, o arquiteto escravo de São Paulo

Falar da história de São Paulo e, em especial do centro, é complicado. É fácil contar a história da Catedral da Sé, da Estação da Luz, e da fundação de São Paulo. São temas comuns à população, e que muita gente tem alguma noção de sua trajetória de formação. Entretanto, enquanto são feitas pesquisas, é possível descobrir curiosidades que, na maioria das vezes, são ignoradas pela maioria das pessoas e, até mesmo, pelos jornalistas em geral. Tive a oportunidade de, em uma grande pesquisa que estou fazendo para a SP In Foco, me deparar com o nome de Joaquim Pinto de Oliveira, ou Tebas , como também era conhecido. Nascido em 1721 , na cidade de Santos, no litoral do estado, ele foi escravizado por Bento de Oliveira Lima, português, e um dos mais reconhecidos mestre de obras da região. Foi com ele que Tebas teve seus primeiros ensinamentos de pedreiro. Com o passar do tempo, e a falta de oportunidades em Santos, os dois subiram a serra em busca de serviços melhores. E f