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Dono do Brasil


O foco do poder não está na política, mas na economia. Quem comanda a sociedade é o complexo financeiro-empresarial com dimensões globais, e conformações específicas locais. Portanto, os donos do poder não são os políticos. Estes são apenas instrumentos dos verdadeiros donos do poder.
O verdadeiro exercício do poder é invisível. O que vemos, na verdade, é a construção planejada de uma narrativa fantasiosa, com aparência de realidade, para criar a sensação de participação consciente e cidadã dos que se informam pelos meios de comunicação tradicionais.
Porém, os grandes meios de comunicação não se constituem mais em órgãos de ‘imprensa’, ou seja, instituições autônomas, cujo objeto é a notícia, e que podem ser independentes ou, eventualmente, compradas ou cooptadas por interesses.
Os grandes meios de comunicação são, atualmente, grandes conglomerados econômicos que também compõem o complexo financeiro-empresarial, que comanda o poder invisível. Assim, participam do exercício invisível do poder, utilizando seus recursos de formação de consciência e opinião.
Os donos do poder, o complexo financeiro-empresarial, não apoiam partidos ou políticos específicos. Sua tática é apoiar quem lhes convém, e destruir quem lhes estorva. Isso muda de acordo com a conjuntura. O exercício real do poder não tem partido, não veste nenhuma camisa na política, nem defende pessoas. Sua única ideologia, sua intenção, é tornar as leis e a administração do país totalmente favoráveis para suas metas de supremacia do mercado, e maximização dos lucros.
O complexo financeiro-empresarial global pode apostar ora em Lula, ora em um político do PSDB, ora em Temer, ora em um aventureiro qualquer da política. E pode destruir qualquer um desses de acordo com sua conveniência.
Por isso, o exercício do poder no campo subjetivo, responsabilidade da mídia corporativa, em um momento demoniza Lula, em outro Dilma, e logo depois Cunha, Temer, Aécio, etc. Tudo faz parte de um grande jogo estratégico, com cuidadosas análises das condições objetivas e subjetivas da conjuntura.
Os donos do poder não querem um governo ou outro à toa: eles querem, na conjuntura atual, a reforma na previdência, o fim das leis trabalhistas, a manutenção do congelamento do orçamento primário, os cortes de gastos sociais para o serviço da dívida, as privatizações e o alívio dos tributos para os mais ricos.
Se a conjuntura indicar que Temer não é o melhor para isso, não hesitarão em rifá-lo. A única coisa que não querem, é que o povo brasileiro decida sobre o destino de seu país.
Portanto, cada notícia é um lance no jogo. Cada escândalo é um movimento tático. Analisar a conjuntura, não é ler notícia. É especular sobre a estratégia que justifica cada movimento tático do complexo financeiro-empresarial (do qual a mídia faz parte), para poder reagir também de maneira estratégica.
A queda de Temer pode ser uma coisa boa. Mas é um movimento tático, em uma estratégia mais ampla, de quem comanda o poder. O que realmente importa é o que virá depois.
Lembremo-nos: eles são mais espertos. Por isso estão no poder.
Baseado em texto do ‘Le Monde Diplomatique Brasil’

“Brasil -  Esta terra tem dono, e  o dono não é isto ou aquilo, este ou aquele, é o   povo brasileiro!”


(JA, Mai17)

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