Todos indivíduos definem
seu modo de viver em sociedade, dependendo das suas relações familiares, da sua
vida escolar, dos grupos que frequenta, do seu local de trabalho, da comunidade
em que vive, da sua experiência anterior. Consequentemente, com base nisso, constrói a sua
subjetividade, o seu universo simbólico, ou seja, estabelece a referência para
viver neste ou naquele contexto.
Esse universo simbólico é
que o que define seu modo habitual de pensar e agir, a sua rotina pessoal e
profissional. Quando a cumpre, normalmente se sente bem consigo mesmo. Mas,
será que agindo assim estará tirando o maior proveito possível do seu tempo, do seu
esforço? Será que não poderia ser mais bem sucedido, mais feliz, mudando essa rotina,
atendendo a novas demandas que, eventualmente, prefere ignorar?
Nas empresas, para
atender a um mercado constantemente competitivo, mudam-se processos, sistemas e
exige-se do trabalhador um olhar e um 'modus operandi' sempre atualizado. Se é
bom para as empresas, por que não seria para os indivíduos? Afinal, as demandas que eles sofrem também estão em
constante mutação...
Entretanto,
surpreendentemente, o homem comum, por razões diversas, se fecha em rotinas,
segue procedimentos recorrentes, muitas vezes sem ter consciência se aquilo é o
que é melhor para ele naquela fase da vida, momento. Essas rotinas tiveram quase sempre uma origem
justificada. Mas, necessariamente, os motivos originais podem não mais ser mais
válidos atualmente. E ele continua a praticá-las, sem questionar. A razão que o
leva a cumprir a sua rotina pode ser mais de uma. Entre elas, a principal, é o
medo: medo de mudança, medo do
desconhecido. A rotina dá uma falsa
sensação de segurança. Deixa a impressão de que cumprindo a rotina
estabelecida, tudo bem.
Porém, as rotinas podem
ser perniciosas, causarem problemas - muitas vezes desnecessários, que poderiam
ter sido evitados pelo não seu cumprimento, ou se elas tivessem sofrido algumas
adaptações para se tornarem mais eficazes.
Como saber se a nossa
rotina é boa ou não? Fácil. Questione sempre: ‘Por que estou gastando meu tempo
precioso fazendo isto? Não poderia gastar melhor o meu tempo, agindo de outra forma ou fazendo coisas
mais importantes para minha vida pessoal, profissional?' Se concluir que tem que fazer, questione: 'Será não existe uma outra
forma mais eficiente para cumprir?’
“...Desapegar-se é renovar votos de esperança em si mesmo. É dar-se uma nova oportunidade de construir um nova história melhor. Liberte-se de tudo aquilo que não tem te feito bem.” Fernando Pessoa
(JA, Nov16)
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