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Mostrando postagens de novembro, 2017

Os Felizes

Existem pessoas admiráveis andando em passos firmes sobre a face da Terra. Grandes homens, grandes mulheres, sujeitos exemplares que superam toda desesperança. Tenho a sorte de conhecer vários deles, de ter muitos como amigos e costumo observar suas ações com dedicada atenção. Tento compreender como conseguem levar a vida de maneira tão superior à maioria; busco onde está o mistério, tento ler seus gestos e aprendo muito com eles. De tanto observar, consegui descobrir alguns pontos em comum entre todos e o que mais me impressiona é que são felizes. A felicidade, essa meta por vezes impossível, é parte deles, está intrínseco. Vivem um dia após o outro desfrutando de uma alegria genuína, leve, discreta, plantada na alma como uma árvore de raízes que força nenhuma consegue arrancar. Dos felizes que conheço, nenhum leva uma vida perfeita. Não são famosos. Nenhum é milionário, alguns vivem com muito pouco, inclusive. Nenhum tem saúde impecável, ou uma família sem problemas. Todos e

Sou peru que o Presidente Trump pretendia perdoar no dia de Ação de Graças

Então, aparentemente houve uma mudança de planos. Eu estava vagando por meu viveiro antes do jantar, picando as pedras no chão como faço, quando Paul Ryan apareceu e me disse. ‘Desculpe, cara’, falou, flexionando os músculos do pescoço. ‘O perdão presidencial para os perus no dia de Ação de Graças foi cancelado. Ele me disse para vir lhe dizer. Você pode acreditar que é isso? O que eu faço agora? Ainda não me importo. Acabei de escrever uma lei tributária assassina que permite que os bilionários contabilizem como despesas comerciais, cozinhem e comam os pobres. É o que eu sonhava na faculdade’. Aparentemente, a administração acha que trazer perdões presidenciais à tona agora não seja uma boa ideia. Você imagina? Além disso, eles só poderiam promulgar um perdão este ano, e o xerife Joe pegou meu lugar. Tudo o que ele fez foi violar os direitos constitucionais de inúmeras pessoas, abusando descaradamente de seu poder para promover sua agenda pessoal anti-imigrante e racista.

Projeto leva estudantes da rede pública para aprender em museus

“Até dezembro, 4 mil alunos da rede estadual de São Paulo e seus familiares devem participar de visitas educativas ‘Tudo aqui foi criado antigamente?’, questiona uma aluna ao passar pelo saguão do Museu Afro Brasil, localizado dentro do Parque do Ibirapuera, em São Paulo (SP). Com olhares atentos e inúmeros registros fotográficos, a aula daquela manhã seria diferente para um grupo de estudantes da Escola Estadual Lauro Gomes de Almeida, de São Bernardo do Campo (SP). Para aprender diferentes aspectos da cultura africana e afro-brasileira, as turmas de oitavos e nonos anos do ensino fundamental trocaram a sala de aula por uma visita aos 11 mil m² de acervo local. Com o objetivo de aliar cultura e educação, a visita faz parte do projeto ‘Conexões Culturais: museu, comunidade e escola’, que até dezembro pretende levar 4 mil estudantes da rede estadual de São Paulo e seus familiares a quatro museus localizados na capital paulista. Promovida pela Associação Parceiros da Educaç

Você sabe como reconhecer um vampiro emocional?

Uma vez escrevi uma matéria intitulada ‘Você já se sentiu vampirizado?’. A matéria tratava de um tipo de pessoa que só suga a energia, o tempo e a atenção dos outros: os vampiros emocionais. Os leitores me enviaram as seguintes ‘dicas’ para identificar um vampiro emocional: Os vampiros acham que merecem receber tudo dos outros, sem dar absolutamente nada em troca. Eles só aceitam relações afetivas e materiais sem reciprocidade, na qual sempre recebem muito mais do que dão; Os vampiros só fazem críticas, comentários e acusações que acabam com a autoestima e a alegria; Os vampiros não sabem rir de si mesmos. Eles sempre levam tudo e todos muito a sério, principalmente eles mesmos; Os vampiros não acham que vampirizam. Acreditam que é um direito deles receber toda a atenção e interesse dos outros, pois se consideram pessoas superiores; Os vampiros não são apenas egoístas e vaidosos, como todos nós. Eles são egocêntricos, narcisistas e arrogantes; Os vampiros dizem q

Arte Científica

‘The Art and Science’  of Ernst Haeckel is published by Taschen Ernst Heinrich Philipp August Haeckel   (Potsdam, na Prússia, Alemanha, 1834 — Jena, 1919) foi um biólogo, naturalista, filósofo, médico, professor e artista alemão que ajudou a popularizar o trabalho de Charles Darwin e um dos grandes expoentes do cientificismo positivista. Descreveu e nomeou várias espécies novas, mapeou uma árvore genealógica que relaciona todas as formas de vida. As contribuições de Haeckel à zoologia eram uma mistura de pesquisa e especulação, ampliou as ideias de seu mentor, Johannes Müller, argumentando que os estágios embrionários em um animal recapitulam a história de sua evolução, e, portanto, a ontogenia é a recapitulação da filogenia. Foi médico e um artista versado em ilustração que se tornaria professor em anatomia comparada. Foi dos primeiros a considerar a psicologia como um ramo da fisiologia. Propôs alguns termos utilizados frequentemente como filo, ecologia, antro

Guia de Bolso para uma vida suficientemente boa

“Aqui não existe essa coisa de saída livre... Uma jovem com quem trabalhei durante três anos estava pronta para deixar a terapia. Estava calma, feliz e prestes a sair da sala para o resto da vida. Eu estava excitada por ela, mas eu sentiria sua falta. Essa é a questão de ser um psicólogo: só porque você quer que as pessoas vivam felizes sem você, não significa que você goste. ‘Então acabou’, disse ela. ‘Aqui é onde você diz algo sábio e iluminador que me manterá todo o resto dos meus dias’. ‘E se o que eu disser não for bastante bom?’ Ela sorriu com a referência aos seus padrões perfeccionistas, algo em que trabalhamos arduamente. Mas ela não havia terminado comigo. ‘Se você diz adeus e boa sorte, eu vou te dar uma bofetada. Eu gastei muito tempo e dinheiro aqui e espero o melhor que você tem’. Ela então me abraçou, o que faria alguns psicólogos franzirem a testa, mas eu deixo os clientes criarem o  seu próprio final: se eles querem abraçar, eu também. E prometi que,

Escrevendo e Aprendendo

    EL Doctorow disse uma vez: ‘Escrever é uma exploração. Você começa a partir do nada, e aprende conforme for escrevendo’. Como meus experimentos diários de escrita mostraram, ele está certo. Escrever pode revelar muito sobre o mundo e nós mesmos. O puro ato de escrever desbloqueia o que está mais profundo nas bibliotecas empoeiradas da minha mente. Até recentemente, escrever era tratado como um meio prático de colocar ideias no papel. Era um processo atrofiado e tedioso. Agora eu vejo isso como uma ferramenta explorativa essencial e energizante. Escrever pode ativar explosões surpreendentes de dados, emoções e visões, que anteriormente estavam adormecidas. Também adquiri uma autoconsciência profunda, e descobri o que me traz mais vida. Já não tenho necessidade de me adivinhar. Minha escrita revelou o que mais importa para mim. Parece também haver uma correlação entre a duração da escrita livre, e a descoberta de ideias cada vez mais complexas e autênticas.