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Mostrando postagens de setembro, 2020

Albert Camus - ‘A Peste’

  Como vencer uma pandemia   O livro ‘A Peste’, do franco-argelino Albert Camus, 1913-1960 , voltou a estampar a lista dos mais vendidos, desde o início do ano, no contexto da pandemia do novo coronavírus. Em 1957 , o escritor foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura, dez anos após a publicação do romance. A principal característica da sua obra é narrar a experiência do absurdo da condição humana, tendo a revolta como convite à ação, para fornecer sentido à existência. O romance foi publicado em 1947 , e narra a estória da peste bubônica, que assolou a pequena cidade de Orã, na costa da Argélia, com 200 mil habitantes. A inspiração de Camus veio de uma drástica epidemia de cólera, que dizimou grande parte da população da cidade, em 1849 . Em tempos bastante remotos, a bactéria da peste bubônica devastou aquele local, mais precisamente, em 1556 e 1678 , com surtos posteriores, de menores proporções. A obra foi ambientada na década de 1940 , como uma alegoria aos horrores da S

Alienação Histórica

  Nossas lembranças, o que vivemos, sofremos, curtimos, aprendemos,..., formam um conjunto único, que resulta naquilo que somos. Tudo tem validade, independentemente do tempo passado, das nossas experiências posteriores, mudanças pensamento, etc. Tudo foi genuíno na época em que ocorreu, e,   como tal, teve e tem   importância. Vivemos numa época de revisionismos – tal livro minimiza determinada raça; tal teoria é colonialista, ofensiva; essa figura era escravocrata;   etc.   Pode até ser. Entretanto, na época em que foram criados ou existiram, representavam a maneira de pensar da sociedade de então, e tiveram seu valor.   O que mudou? Nossa sociedade evoluiu, certamente, mas está se auto enganando, quem procura racionalizar, ignorar, teorias e atitudes históricas, que hoje não estão alinhadas ao padrão comportamental vigente. . A eugenização da nossa história, escolhendo o que pode ficar, e o que não, é irreal, mentirosa.   Um amigo que falhou na hora em que você mais precisou

Imperatriz Leopoldina

A mulher que assinou separação de Portugal, e foi a primeira a governar o país   D. Leopoldina ajudou a escrever nossa história política, mas é comum explicá-la apenas como esposa de                                                                       D.Pedro 1º, e mãe de D. Pedro 2º    A independência do Brasil em relação a Portugal foi firmada, em 1822 . Como o momento histórico ocorreu durante a regência da imperatriz Maria Leopoldina, ela se tornou a primeira mulher a governar o Brasil, ocupando o cargo interinamente por alguns dias. Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo-Lorena nasceu em Viena, na Áustria, em 22 de janeiro de 1797 , e integrava uma das famílias mais poderosas da Europa no século 18 -   os Habsburgo. Terceira filha de Francisco 1 º, Imperador da Áustria, a princesa embarcou ao Brasil há 200 anos e mudou os rumos do nosso país. Aos 20 anos, em maio de 1817 , Leopoldina se casou à distância e por procuração com um homem que nunca havia visto: o príncipe p

Amazônia Brasileira

No dia 10 de agosto de 1823 , o capitão tenente inglês John Pascoe Greenfell chegou a Belém do Pará, no comando do navio de guerra Maranhão, e anunciou que, há quase um ano, Dom Pedro I proclamara a Independência do Brasil, com apoio da Inglaterra. Afirmou não esperar nenhuma oposição.   Mapa do Brasil, em destaque a Província do 'Grão Pará'   Ocorre que a capital do Grão Pará, província que incluía os atuais Maranhão, Pará, Amazonas, Mato Grosso, Roraima e Piauí desde 1751 , por ato do soberano português, mantinha ligações estreitas com Lisboa. O Grão-Pará constituía um outro país, desde a dinastia filipina, por decisão de Filipe III , no período conhecido como união ibérica. Dois países amigos. Um seria o Grão Pará, cuja primeira capital foi São Luís; e o outro, o Brasil, cuja capital era Salvador. Disposição de fazer o Brasil e Grão Pará se tornar um país só era novidade na época. A viagem de navio a vela de Belém a Lisboa levava cerca de vinte dias. Até o Rio de