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Mostrando postagens de janeiro, 2022

Sobre as Mulheres

  Contrariando Freud não considero o sexo como sendo a força motora da sociedade, e que seria o meio e o fim de tudo. Para mim essa afirmação seria verdadeira se substituíssemos a palavra ‘sexo’ por ‘gênero’. Nós homens imaginamos que sabemos o que as mulheres pensam, falam, e o que fariam em determinadas situações. Entretanto, independentemente disso, as consideramos extremamente interessantes - o que não é comum pois, às coisas conhecidas, não damos maior atenção. Isto me levou a refletir, e acabei chegando à conclusão de que, na verdade, cada uma delas é um complexo intelectual, físico e espiritual, singular, único, embora compartilhem algumas afinidades psicológicas entre si. São essas afinidades que nos levam, os homens, enganosamente, a enxergá-las como sendo um grupo uniforme. Uma mulher que sabe aproveitar as regalias que lhe são concedidas pela sociedade atual, provavelmente será bem-sucedida, tanto no campo financeiro, profissional, como no espiritual-amoroso-físico-f

Mundo Iluminado

    Há alguns anos fiquei preso em um ônibus cruzando a cidade de Nova York durante a hora do rush.   O tráfego mal estava se movendo.   O ônibus estava cheio de pessoas frias e cansadas, que estavam profundamente irritadas umas com as outras, com o próprio mundo.   Dois homens latiram um para o outro sobre um empurrão que pode ou não ter sido intencional.   Uma mulher grávida subiu e ninguém lhe ofereceu um assento.   A raiva estava no ar; nenhuma misericórdia seria encontrada ali. Mas, quando o ônibus se aproximou da Sétima Avenida, o motorista pegou o interfone: 'Gente', disse ele, ‘Eu sei que vocês tiveram um dia difícil, e estão frustrados.   Não posso fazer nada sobre o clima ou o trânsito, mas aqui está o que posso fazer.   Quando cada um de vocês descer do ônibus, estenderei minha mão para vocês.   Enquanto você passar, coloque seus problemas na palma da minha mão, certo?   Não leve seus problemas para casa, para suas famílias esta noite; apenas deixe-os c

200 anos da independência do Brasil

O que levou o Brasil a se manter aglutinado — e a receber respeito internacional depois da emancipação da metrópole — apesar da chaga da escravidão   Coroação de Pedro I, em 12 de outubro de 1822 Como é ensinado há quase dois séculos nos colégios, as turbulências que sacudiam Portugal e boa parte da Europa se refletiram na mudança da Corte para o Rio de Janeiro, na Independência e na instauração da monarquia no Brasil.  A ruptura com a metrópole europeia é atribuída a vários fatores, e esmiuçada ao detalhe, mas se dá pouca ênfase à etapa seguinte: por que o espaço colonial português foi o único agregado territorial europeu nas Américas que não se fragmentou ao se tornar independente? Como a América portuguesa permaneceu unida? A resposta a essa pergunta ajuda a entender os acontecimentos de 1822 e a fundação do Império. Terá sido a existência de uma língua comum que manteve o país unificado desde então? Não é razão suficiente. Falava-se espanhol da Patagônia até a Califórnia, em la