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Mostrando postagens de março, 2018

A Páscoa vem chegando e com isso...

O simpático coelhinho foi incorporado à Páscoa por meio de contos criados no velho continente. Uma das narrativas mais conhecidas do mundo conta que uma mulher pobre escondeu ovos coloridos num ninho para entregá-los aos filhos na manhã da festividade religiosa. Contudo, quando as crianças descobriram o lugar, um grande coelho passou rapidamente e espalhou os presentinhos, dando aos pequenos a ilusão de que o bicho carregava e distribuía os ovos. Outra versão ganhou força no continente americano com a imigração alemã, no século 18. Para os alemães, à época, era muito comum esconder ovos de galinha pintados à mão em grandes quintais para as crianças os encontrarem. Agitados com a movimentação dos pequenos, os coelhos que ali viviam saltavam de suas tocas. Com o tempo, os adultos uniram os ovos e os coelhos numa história, dizendo aos filhos que os animais tinham trazido os presentes de Páscoa. Muito mais que um alegre carregador de ovos, para a religião cristã o coelho se to

Caridade embrulhada com dignidade

Um idoso estava na calçada vendendo ovos na sua carrocinha. Uma moça parou e perguntou: – Por quanto você está vendendo os ovos? O velho vendedor respondeu: – A R$ 0,50 cada ovo, senhora. Ela disse: – Vou levar 6 ovos por R$ 2,50, ou vou embora. O velho vendedor respondeu: –   A senhora pode levá-los ao preço que deseja. Pode ser. Este é um bom começo porque não consegui vender nem um único ovo hoje. Ela pegou os ovos e se afastou, sentindo que havia feito um bom negócio. Entrou em seu carro elegante, e foi a um restaurante luxuoso com sua amiga. E lá elas pediram o que quiseram, comeram um pouco, e deixaram muito. Ao   pagar a conta, que totalizou R$ 350,00, deu R$ 400,00 em notas de R$ 100,00, e disse ao proprietário do restaurante que poderia   ficar com o troco. Esse fato pode ter sido bastante normal para o proprietário do restaurante, mas seria muito doloroso para o pobre vendedor de ovos se ele ficasse sabendo disso. A pergunta que fica é

Ciência da Felicidade: estudiosos garantem que é possível ‘desenvolver felicidade’ e ser mais feliz

A felicidade passa a ser objeto da ciência e índice para análise de desenvolvimento político, econômico e social de nações, em todo o mundo. Após décadas de estudos, pesquisadores mapeiam as principais condições que geram a felicidade e revelam como é possível desenvolver áreas que levam ao tão desejado sentimento . Felicidade é daqueles desejos unânimes, capazes de unir pessoas de classes sociais, países e culturas diferentes. Tomando como um simples exemplo a música, temos um funk famoso da década de 1990 que diz, ‘O que eu quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci’. Aí em outro 'mundo, diretamente dos EUA e seu bilionário mercado fonográfico do pop, surge um hit que arrebatou o planeta recentemente: ‘Happy’, de Pharrell Williams. Então, pessoas da Ásia, da Europa, da América do Sul, passavam a dançar e bater palmas ao som da canção, que em um dos trechos diz: ‘Bata palmas, se sente que a felicidade é a verdade/ Bata palmas, se sabe o que a f

Avenida Paulista

Avenida Paulista no dia da sua inauguração, 1891 - Aquarela de Jules Victor André Martin A reta de quase 3 km onde ela fica era chamada de Caaguassu, ‘mato alto’ em tupi-guarani. Foi ali que Joaquim Eugênio de Lima, uruguaio formado em agronomia na Alemanha, traçou a avenida e vendeu os lotes em torno à elite paulistana. Inspirada no barão Haussmann, o prefeito que rasgou bulevares na Paris de Napoleão 3º, São Paulo se modernizou enquanto preservava a segregação: a Paulista foi projetada num platô arejado, mas a ralé foi tocada para a margem de riachos alagadiços e várzeas infectas. Lévi-Strauss, que morou a uma quadra da Paulista nos anos 1930, comparou-a à avenue Foch. Ligando o Bois de Boulogne ao Arco do Triunfo, nela passaram temporadas Rothschild, Onassis, Mobutu e FHC (num apartamento da família de Abreu Sodré). Na inauguração, em 1891, ninguém morava na Paulista. As benfeitorias precederam os palacetes: duas pistas largas, fileiras de magnólias e plátanos, ch

Maurice

Vou falar de um gato que tive e já não tenho, mas que, a salvo da mudança, que tudo aniquila, subsiste imutável naquelas perpétuas saudades já cantadas por um poeta nosso. Chamava-se Maurice, pois a cor de sua pelagem lembrava-me o cabelo do jovem ator que, pouco antes, protagonizara o filme de igual nome, baseado no romance de E.M. Foster; e apareceu-me, num fim de primavera, entre o mato que crescia em meu quintal. Arisco – e com excelentes razões para sê-lo, como vim a descobrir – esquivo a qualquer contato humano, da distância a que me achava pude ver-lhe a cabeça e o dorso rajado de um vívido amarelo-laranja, que brilhava entre as ervas escuras germinadas a esmo. Em lugar da cauda, um pequeno toco ensanguentado falava-me em silêncio de um acidente ainda recente. Levei-lhe comida, a mesma que comiam minhas três gatas, deixando-a a certa distância da touceira de onde me espreitava, e logo me afastei. Ele veio e comeu. Na tarde seguinte, mais ou menos à mesma hora, lá est

Juarez, Juarez Távora

Juarez Durante toda minha vida fui questionado sobre a origem de meu nome: Juarez. Numa ocasião, um eventual companheiro perguntou por que   eu, embora casado, usava a aliança de casamento na mão direita. Para não ter que dar explicações a quase um estranho –o motivo verdadeiro era que eu havia machucado meu dedo anular da mão esquerda-, disse a ele que   usava assim porque era costume na Alemanha. Ele sorrindo comentou: ‘Na Alemanha? Mas você? Com esse nome mexicano?’ A colocação dele era válida considerando que estávamos no Brasil, e que o nome ‘Juarez’, embora de origem espanhola, tendo como variante ‘Suárez’, é o sobrenome do grande revolucionário mexicano Benito Juarez. E, por conta disso, nomeia diversas cidades mexicanas: Ciudad Juárez, Naucalpan de Juárez,, Acapulco de Juárez, Benito Juarez, Oaxaca de Juárez, Chicoloapan de Juárez, Xicotepec de Juárez, Amecameca de Juárez, e Jiquilpan de Juárez. Recentemente estava almoçando num restaurante – num desses quiosques

O que aprendi meditando

Jon Kabat-Zinn meditando No final do ano passado, comecei a ler ‘Full Catastrophe Living’ (‘Viver a Catástrofe Total’), de Jon Kabat-Zinn, professor de medicina e criador do método MBSR (mindfulness based stress reduction). Trata-se de um programa de oito semanas oferecido desde 1979 na Universidade do Massachussetts. O programa consiste de um treinamento intenso em diferentes métodos de meditação. O objetivo, segundo Kabat-Zinn, é ensinar aos pacientes ‘como cuidar de si mesmos, não para substituir seu tratamento médico, mas como um complemento vital a ele’. Geralmente, os participantes são pessoas com sintomas de depressão, estresse pós-traumático e dores intensas, causadas por condições como artrose, lesões ou tratamentos contra o câncer. Segundo o médico, o programa é ‘um veículo para o aprendizado ativo, no qual as pessoas podem construir a partir dos pontos fortes que já possuem e (…) fazer algo para si mesmas para melhorar a saúde e o bem-estar, tanto físico quan

Os cinco melhores exercícios físicos segundo Harvard

Eis as atividades mais benéficas para a saúde em curto e longo prazos de acordo com I-Min Lee, professora de Medicina de Harvard   Correr Se você acha que correr uma maratona é a maneira mais simples de ficar sempre em forma, está enganado. Pelo menos é o que dizem os estudiosos de Harvard, segundo os quais, para perder peso, aumentar a massa muscular, proteger o coração e o cérebro e fortalecer os ossos, há atividades físicas melhores do que essa. I-Min Lee, professora de Medicina e Epidemiologia da Faculdade de Medicina de Harvard (EUA), afirma que correr longas distâncias não faz bem para as articulações nem para o sistema digestivo. Sua proposta de atividades esportivas inclui outros cinco exercícios que trazem benefícios que vão desde a perda de peso até o ganho de músculos, proteção do coração e fortalecimento dos ossos. 1.    Tai chi Uma arte marcial chinesa que combina uma série de movimentos delicados e fluidos para criar uma espécie de meditação em