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Mostrando postagens de 2014

Papai Noel

Ele sempre foi conhecido como Papai Noel e acabou por se tornar uma lenda. Embora ele atenda as crianças durante todo o ano, lhe foi atribuída uma data especial: a noite da Véspera de Natal, o dia 24 de dezembro, ou o Dia de São Nicolau (6 de dezembro), dependendo da região do planeta. Ambas as datas estão relacionadas com o nascimento de Jesus quando, todo ano, milhares de crianças aguardam a sua visita. Jesus na nasceu de uma mulher, como uma criança normal, assumindo a humanidade que pretendia ajudar a se superar, a evoluir,  enfim a encontrar o seu melhor destino.  Essas datas foram escolhidas porque a vinda de Jesus, para cumprir a missão a que se atribuiu, pela sua graça e para o nosso bem, foi como um presente de Deus para as crianças que todos devemos parecer diante da sua sabedoria celestial.   Papai Noel vem cumprindo a sua missão já há centenas de anos, sem nenhum problema: conhecia as crianças, seus gostos, suas demandas, necessidades, e sempre dava um jeito de ate

É Natal

                                                    Hoje é o seu dia  Jesus , o dia do seu nascimento terreno.  Parabéns! Como todos nós, o Senhor nasceu com uma missão.  Mas a sua é uma missão grandiosa; resgatar  a humanidade de milhares de anos de escuridão, através da luz dos seus ensinamentos e pelo seu exemplo de vida. A proposta final é que esse novo ser humano possa se superar, e se aproximar, cada vez mais, do divino que, inconsciente e originalmente, carrega dentro de si, num processo evolutivo recorrente. Nós que ainda estamos vivendo esse processo de evolução, não temos noção do resultado do seu trabalho.  Como todo o respeito, gostaria de saber do Senhor se a sua vinda, se o seu sacrifício, e de tantos que estiveram/estão ao seu lado, valeu a pena.  Entendo que a sua missão ainda não está concluída, que está em processo, considerando todas as impropriedades que diariamente praticamos, somos vítimas, ou que ficamos sabendo através da mídia.  Mas, independentemente

Outro Lado da Rua

Carlos, muitas vezes na sua vida já havia enfrentado desafios, sendo sempre bem sucedido. Profissionalmente, na vida privada, nos esportes. Nada representava um problema insolúvel. Sempre dava um jeito de se dar bem, com o menor esforço possível.  Naturalmente, não era uma pessoa comum: era inteligente, bem preparado, articulado, e confiante. Tudo o que fazia era com dedicação e sempre visando atender a uma causa.  Na sua opinião, quando há uma causa em jogo, tudo fica mais fácil, inclusive a superação dos desafios que se apresentarem. E suas causas eram sempre boas, sociais, visando um resultado que sempre vinha ao encontro do anseio, expectativas  das pessoas envolvidas. Ele sentia um prazer íntimo muito grande por sempre ter tido condições e oportunidade de fazer o que achava que deveria ser feito. Não guardava nenhuma lembrança de ter deixado de fazer alguma coisa importante. Entretanto, a partir de determinado momento, as coisas do ponto de vista profissional, e a pesso

Tão longe, mas tão perto...

Eles trabalhavam na mesma empresa. Ela, Luisa,  era uma jovem, secretária-executiva, muito bonita e eficiente. Ele, Peter,  um executivo de meia-idade, bem sucedido, vindo da matriz, do exterior. Ela o achava interessante, mas não tinha nem como se aproximar dele, tamanha a distância que os separavam: nível hierárquico, cultura, relações...  Eventualmente, a empresa proporcionou um curso de especialização para os funcionários no qual, por coincidência, tanto ela como ele eram participantes. Então, tiveram oportunidade de se conhecerem melhor, de se relacionarem socialmente. Ela, embora se sentisse atraída, manteve posição, não abrindo espaço para uma maior aproximação. Ele entretanto, sentindo-se atraído também, a procurou e criou oportunidades para se conhecerem melhor, para se relacionarem fora do ambiente de trabalho. Ela, sentindo-se lisonjeada, aceitou. Peter era alguém que chamava atenção pela sua boa aparência, modo correto de se vestir, posição, simpatia.  Pouco a pou

Eram dois botões que se amavam, mas

Eles se viam oportunamente, quando coincidia da senhora utilizar ao mesmo tempo a blusa e a camisa, nos quais cada um, respectivamente,  estava pregado.  Esses momentos eram especiais. Eles, então, embora separados, cada qual na sua casa, sentiam-se unidos pelo mesmo destino, e parecia que tudo era possível. Entretanto, findo o passeio ou o  dia de trabalho, cada qual ia para a sua prateleira ou gaveta e, às vezes,  ficavam dias sem se ver.  Nessas ocasiões, um ficava pensando no outro, curtindo a saudade, o seu amor,   na melancolia da lembrança de algo de bom que aconteceu.  Por que eles se sentiam tão atraídos? Difícil dizer, a não ser que isso estava confirmando a tese de que sentimentos não têm explicação, independem da razão.  Eles apenas existem. Os dois botões não sabiam como a sua história iria terminar, aliás ninguém poderia prever o fim dessa paixão tão impossível. Mas, um belo dia, a senhora contratou uma costureira para dar uma renovada no seu guarda roupa. A cos

Novo Universo

Oswaldo é um homem entre 30 e 40 anos, solteiro, engenheiro, que trabalha numa grande construtora onde exerce um cargo executivo, de direção. É uma pessoa particularmente agradável, sempre muito bem informado e bem humorado. Em eventos sociais se destaca, passando alegria e interesse genuíno pelos assuntos levantados, e pelas pessoas com as quais tem oportunidade de confraternizar. Sente-se muito bem após esses momentos, feliz e relaxado. Sua natureza é calma e reservada. Aprecia e necessita  ficar sozinho de vez em quando, refletindo sobre isso ou aquilo, ou lendo um bom livro, ou assistindo um filme que tenha despertado seu interesse. Gosta de dar longas caminhadas, observando as pessoas, suas atitudes e reações. É um apreciador das artes em geral e, frequentemente, vai a exposições. Não é um artista, mas sente como um. Por qualquer motivo, os  ambiente culturais lhe parecem familiares, e seus comentários sobre essa ou aquela obra são procedentes e oportunos. Tem facilidad

Urna x Necessidades, Expectativas

Eduardo durante toda a sua vida foi um idealista, com preocupações sociais. Esse seu comportamento provavelmente tenha a ver com a sua  própria história familiar, onde o trinômio ‘trabalho, estudo e superação’ era um lugar comum, praticado normal e inconscientemente.     A sua história de vida é similar a de milhões de brasileiros. Seu avô foi um imigrante italiano que veio para trabalhar na lavoura, numa pequena cidade do interior paulista.   Era um homem comunicativo e cheio de iniciativa, tanto que logo conseguiu se transferir do campo para zona urbana da cidade, passando a trabalhar então no segmento de transporte. Anos mais tarde, acabou por ser eleito prefeito daquele município; teve e criou cerca de nove filhos. Como era comum naquela época, onde ter estudo não era tão valorizado como ter uma profissão, seus filhos cursaram apenas o ensino fundamental básico. Um de seus filhos, o pai do Eduardo, aprendeu os oficios de alfaiate e de barbeiro, lá mesmo na sua cidade de or

Mudança

Álvaro nasceu no interior de São Paulo.  Seus pais trabalhavam numa grande fazenda, cuidando, principalmente, do rebanho de gado. Moravam numa casa simples, onde cultivavam uma pequena horta, algumas árvores frutíferas, e criavam galinhas e porcos para consumo.  A família se relacionava com as demais famílias locais, e todos tinham praticamente o mesmo modo e padrão de vida. Quando teve idade suficiente, começou a frequentar a escola local como todas as outras crianças.  Quando não estava na escola, além de fazer os deveres escolares, tinha sob sua responsabilidade pequenas tarefas que executava, ajudando nos afazeres domésticos.   Entretanto, assim que terminou o Ensino Médio, sem muito planejamento, achando que seria bom, aproveitou uma oportunidade, e acabou indo ir estudar na capital.  "Muitas vezes, tomamos alguns  caminhos que nem imaginávamos tomar algum dia. É quando, por isso ou por aquilo, nos deixamos levar por alguma correnteza favorável da vida." Inici

Missão

Domenico Ghirlandaio – ‘The Christian Glory’, 1492 Lúcio era uma alma apreciada por Deus,  por tudo de bom  que ele já havia feito, por várias gerações, e pelo que ainda haveria de fazer. Entretanto, Deus recebera uma mensagem do próprio Lúcio, deixando claro que ele passava por uma fase ‘de baixa’, e que  está tendo uma dificuldade enorme para superá-la. Era lamentável isto acontecer justo nessa existência que, pelos planos divinos, deveria ser a sua última. Nessa existência ele deveria atingir um grau de evolução / superação tal,  que o habilitaria a ir para um outro plano, um plano superior, onde outras e novas missões o aguardavam. Lúcio tinha consciência de que existem situações que nos levam a atingir o nosso limite e, então, não resta alternativa senão apelar para uma Instância Superior. Se vamos ser atendidos ou não, é difícil dizer - apelamos de acordo com a nossa necessidade, e seremos atendidos ou não, dependendo da possibilidade. De duas coisas podemos ter certez