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Mostrando postagens de 2016

Guerra Síria

Início Há mais de 40 anos a Síria é governada pela família Assad. É, lá não existe democracia. Mas isso não era problema porque, embora muitos sírios se queixassem do um alto nível de desemprego, corrupção em larga escala, falta de liberdade política, e repressão pelo governo Bashar al-Assad - que havia sucedido seu pai, Hafez, em 2000, o povo vivia bem para seus padrões, e o país estava crescendo. Isso até 2011 Em março de 2011, adolescentes que haviam pintado mensagens revolucionárias no muro de uma escola na cidade de Deraa, no sul do país, foram presos e torturados pelas forças de segurança. O fato provocou protestos, exigindo mais liberdades no país. Quando as forças de segurança sírias abriram fogo contra os ativistas - matando vários deles -, as tensões se elevaram, e mais gente saiu às ruas. Os manifestantes pediam a saída de Assad. Começou uma onda de protestos em diversas cidades do pais,  influenciadas pelas diversas revoltas que ocorriam ao mesmo tempo no

Museu da Memória

Allan era um homem de cerca de 50 anos. Era físico, tinha trabalhado em laboratórios de empresas multinacionais e, atualmente era professor numa universidade tradicional de seu país. Durante a sua vida profissional teve oportunidade de participar da elaboração de diversas teorias científicas e no desenvolvimento de produtos de ponta que vieram otimizar   a produção industrial, a facilitar a vida de milhões de pessoas.   Allan, até agora,  tivera uma vida plena em todos os sentidos. Suas ambições intelectuais tinham sido alimentadas e expandidas, seu trabalho era reconhecido, tinha alcançado estabilidade financeira, tinha muitos amigos, era casado com uma mulher que o completava, e dois filhos – um rapaz e uma mocinha, que  estavam estudando, e que o  enchiam de orgulho. Entretanto, ele percebia que grande parte daquilo que havia vivido, atualmente estava registrado apenas na sua memória, e, com o passar dos anos, teria significado apenas para ele e, no finalmente, iria se

Relações

Nestor foi fazer um estágio em outro país, proporcionado pela multinacional onde trabalhava. A família, mulher e filhos, permaneceram no Brasil. Lá, teve oportunidade de conhecer e conviver com uma colega de trabalho, Anne, Ambos tinham cerca de 40 anos, casados, com filhos. Com o tempo, como consequência de histórias de vida muito parecidas, afinidades,  foram, naturalmente, se aproximando, até que, oportunamente, se tornaram amantes.  Sua relação não era exclusivista, e nem tinha prazos ou horários pré-determinados.  Quando acontecia de terem uma oportunidade, se encontravam. Se não, tudo bem. Cada um tinha a sua vida bem estruturada, que seguia seu curso , como sempre. Nestor não tinha problemas com a família – muito pelo contrário. Entretanto, nos últimos tempos seu casamento tinha entrado num processo de esfriamento que tornou a relação do casal mais de amizade, com cada parte cuidando de suas responsabilidades, sem dar uma atenção especial um ao outro, como aconte

Casa Arrumada

  “Arrume a casa todos os dias… Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo para viver nela… Casa arrumada é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz. Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não centro cirúrgico, um cenário de novela. Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas… Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida… Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar. Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha. Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa sem festa. E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança. Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde. Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante

Rotinas

Todos indivíduos definem seu modo de viver em sociedade, dependendo das suas relações familiares, da sua vida escolar, dos grupos que frequenta, do seu local de trabalho, da comunidade em que vive, da sua experiência anterior. Consequentemente, com base nisso, constrói a sua subjetividade, o seu universo simbólico, ou seja, estabelece a referência para viver neste ou naquele contexto. Esse universo simbólico é que o que define seu modo habitual de pensar e agir, a sua rotina pessoal e profissional. Quando a cumpre, normalmente se sente bem consigo mesmo. Mas, será que agindo assim estará tirando o maior proveito possível do seu tempo, do seu esforço? Será que não poderia ser mais bem sucedido, mais feliz, mudando essa rotina, atendendo a novas demandas que, eventualmente, prefere ignorar? Nas empresas, para atender a um mercado constantemente competitivo, mudam-se processos, sistemas e exige-se do trabalhador um olhar e um 'modus operandi' sempre atualizado. Se é bom p

Porteiro do Prostíbulo

Não havia no povoado pior emprego do que ‘porteiro da zona’.   Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem? O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício. Um dia, entrou como gerente do puteiro um jovem cheio de ideias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento. Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções. Ao porteiro disse: ¾        A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços. ¾         Eu adoraria fazer isso, senhor, balbuciou – Mas eu não sei ler nem escrever.   ¾         Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, você não poderá seguir trabalhando aqui. ¾        Mas senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, não sei fazer            outra coisa. ¾     Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer

A vida é uma dança...

“Quando uma porta se fecha, outra se abre; quando um caminho termina, outro começa... nada é estático no Universo, tudo se move sem parar e tudo se transforma sempre para melhor. Habitue-se a pensar desta forma: tudo que chega é bom, tudo que parte também. É a dança da vida...  Dance-a da forma como ela se apresentar, sem apego ou resistência. Não se apavore com as doenças... elas são despertadores, têm a missão de nos acordar. De outra forma permaneceríamos distraídos com as seduções do mundo material, esquecidos do que viemos  fazer neste planeta. O universo nos mandou aqui para coisas mais importantes do que comer, dormir, pagar contas... Viemos para realizar o Divino em nós. Toda inércia é um desserviço à obra divina. Há um mundo a ser transformado, seu papel é contribuir para deixá-lo melhor do que você o encontrou. Recursos para isso você tem, só falta a vontade de servir a Deus servindo aos homens. Não diga que as pessoas são difíceis e que convivência entre seres h

Isso para mim é grego!

     Atenas - Acrópole “ O mais significativo que me ocorreu nos últimos tempos foi a viagem de três semanas pela Grécia. Das viagens dos últimos anos, foi uma das mais estimulantes − história, cultura, paisagens, praias, culinária, simpatia das pessoas, preços razoáveis... É claro que sempre há uma ou outra exceção, pois não existe paraíso terrestre; mas lidar com este ou aquele percalço faz parte de qualquer viagem; do contrário, seria melhor ficar em casa. Começamos por Atenas , onde se recomenda ficar pelo menos uns três dias; ficamos cinco, e teria dado para mais. O maior destaque é a acrópole (literalmente, ‘cidade alta’), conjunto de edificações do século V AC , o ‘século de Péricles’, situado no alto de uma colina e visível de qualquer ponto da área central de Atenas. Entre outros prédios, se sobressai o Parthenon, com a harmonia de suas colunas. Atenas tem excelentes museus − e o mesmo deve ser dito de outras cidades que visitamos. Isso apesar de muitos anos de