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Mostrando postagens de 2021

Curiosidades da Gastronomia Paulistana

  Entre os muitos segmentos da nossa cidade a gastronomia, com certeza, é um dos mais atrativos, diferentes e multiculturais. Muito do que consumimos, todos os dias, são pratos e iguarias trazidos por outras nações que, em alguns casos, foram adaptadas ao gosto local. Muitas pessoas desconhecem, mas a coxinha, panetone, lanche de mortadela, bauru e a sopa do Ceagesp são pratos típicos da nossa cidade que, com o tempo, foi caindo no gosto de toda a população, não só de São Paulo, mas de todo o país. Para refrescar essas lembranças e levar ainda mais curiosidade a todos, fizemos um resumo da história desses cinco pratos tradicionais da nossa gastronomia e trouxemos para vocês! Preparem os guardanapos e vamos lá:     Sanduíche de Mortadela - A história do lanche mais famoso do Mercadão começa em 1933 , em um pequeno estabelecimento chamado ‘Bar do Mané’. Durante muitos anos esse bar serviu lanches, bebidas, e todo tipo de gastronomia que agradasse seus fregueses, mas, em 1970 , a

Av. Paulista, 130 anos

Avenida que nasceu como bulevar afrancesado, renasce como corredor cultural   Avenida Paulista,1902 Em uma definição que se tornou célebre, o historiador da arquitetura Benedito Lima de Toledo (1934-2019) disse que São Paulo é como ‘um palimpsesto —um imenso pergaminho cuja escrita é raspada de tempos em tempos, para receber outra nova, de qualidade literária inferior, no geral’. Não é à toa que a avenida Paulista, inaugurada em 8 de dezembro de 1891 , o antigo endereço dos barões do café, ‘única por sua posição na cidade e insubstituível em sua elegância’, está no texto de Toledo entre os exemplos do que a cidade foi capaz de criar e apagar, ‘sem remorsos’. Em 130 anos, que completa nesta quarta (8) , a avenida vem se modificando em maior ou menor escala, mas persiste como um símbolo da capital —embora seu nome, proposto pelo engenheiro uruguaio Joaquim Eugênio de Lima, que a concebeu, fosse uma homenagem a todos os nascidos no estado. A primeira destruição foi a de seu n

Alianças, simbolismo

  Por que nós usamos anéis de casamento? Por que eles são usados no quarto dedo da mão esquerda? Não se sabe ao certo quando essa tradição tão difundida na cultura ocidental começou. Alguns acreditam que os registros mais antigos da troca de alianças venham do Egito, e tenham ocorrido há cerca de 4800 anos. Naquela época, diferentes tipos de junco – que cresciam junto com o conhecido papiro – eram torcidos e trançados para formar anéis, e outros tipos de ornamentos, usados pelas mulheres. O círculo sempre foi o símbolo da eternidade, um elemento sem começo nem fim, valorizado pelos egípcios e por outras culturas. O espaço no centro do anel também tinha um significado e representava uma passagem para o conhecido e o desconhecido. Presentear uma mulher com um anel era uma prova de amor eterno e imortal. Pouco tempo depois, a matéria-prima dos anéis foi substituída por materiais que ofereciam maior durabilidade, como couro, ossos e mármore. Quanto mais caro o anel, maior era o am

Relações

  Outro dia estava almoçando num desses quiosques à beira da praia, e, na minha frente, algumas mesas adiante, estava almoçando também uma família. Eram dois homens, de mais ou menos cinquenta anos, e suas esposas; um de oitenta com a respectiva esposa - que devia ter mais ou menos a mesma idade; e algumas crianças. Observei, durante mais de uma hora que permaneci ali, que os homens mais novos conversavam entre si, com as esposas, com os filhos, ou liam. O casal mais velho não conversou com os demais, e nem entre si. Apenas, num determinado momento, falaram rapidamente um com o outro, alertando sobre alguma coisa, e foi só. Supus que esse homem e mulher mais velhos deveriam ser os pais dos dois homens mais jovens, ou de suas esposas. Por que estavam excluídos, por que os demais não interagiam com eles? É estranho porque, certamente, no passado, não muito distante, eles foram cuidados, tiveram suas vidas dirigidas, por essas pessoas que hoje ignoram. Naturalmente, isso não aco

Penso, Logo Existo

    Pensamento O filósofo francês Renê Descartes, 1596-1650 , definiu a base da existência com a frase: ‘Penso Logo Existo’. Mesmo tendo frequentado as melhores universidades da Europa, Descartes achava que não tinha aprendido nada de substancial (com exceção da matemática) em seus estudos. Todas as teorias científicas acabavam por ser refutáveis e substituídas por outras, não havia nenhuma certeza verdadeira além da dúvida. Descartes, então, passou a duvidar de tudo, inclusive da sua própria existência e do mundo que o rodeava. No entanto, Descartes encontrou algo que não poderia duvidar: a dúvida. De acordo com o pensamento do filósofo, ao duvidar de algo já estaria pensando e, por estar duvidando, logo pensando, estaria existindo. Desta forma, a sua existência foi a primeira verdade irrefutável que ele encontrou. Renê Descartes, Francês, 1596-1650 Descartes publicou em seu livro ‘O Discurso do Método’, em 1637 , o resumo de seu pensamento na frase: je pense, donc je sui

Vikings mudaram o mundo com suas viagens

Para o britânico Neil Price, adaptabilidade e capacidade de tirar vantagem de diferentes situações foram essenciais para domínio         Navio viking reconstruído em Berlim, participando de exposição sobre os guerreiros escandinavos Basta uma rápida olhada nos mapas que documentam as incursões vikings durante a Idade Média, para concluir que os guerreiros escandinavos eram capazes de meter o bedelho em praticamente qualquer lugar da Europa e da bacia do Mediterrâneo. O alcance global dos vikings começou como uma mistura despretensiosa de pirataria e comércio, mas seu efeito ao longo de três séculos transformou a geopolítica da região, de maneiras que ainda influenciam o mundo moderno. A Inglaterra e a Rússia, por exemplo, provavelmente não teriam surgido sem um empurrãozinho viking, e o mesmo talvez valha para a França. Descendentes dos piratas nórdicos também tiveram papéis de relevo na política da Itália medieval, e nas Cruzadas. Nada mal para habitantes de um cantinho remoto

1º. Barão Negro do Brasil

  A história esquecida do mais bem-sucedido negro do Brasil Monárquico   Francisco Paulo de Almeida, 1º e único Barão de Guaraciaba, 1826-1904 O empresário Francisco Paulo de Almeida foi fazendeiro de café, banqueiro, dono de mil escravos, de empresas, palácios, estrada de ferro, hidrelétrica e foi agraciado com título de barão pela Princesa Isabel. De origem africana e filho de escrava, a biografia do Barão de Guaraciaba é pouco conhecida na história do Brasil. O motivo da pouca divulgação dos feitos do empresário é que era negro, em um país de escravos. Segundo a historiadora e escritora Mary Del Priore, Almeida fazia parte de um pequeno grupo mestiço de origem africana que conseguiu ascender financeira e socialmente. Ele foi o primeiro e mais bem-sucedido barão negro do Império, com uma trajetória similar ao do conhecido Barão de Mauá, e patrimônio acumulado de 700 mil contos de réis - uma fortuna bilionária à época. Almeida nasceu em Lagoa Dourada, que era um arraial p

Imortalidade

Morremos, acabou. O que pensarem de nós, pouco importará. Humm... Será mesmo que somos tão indiferentes à impressão que deixaremos? Alguma curiosidade há de se ter sobre como nosso nome circulará nas rodas de conversa (numa projeção otimista, dando como certo que alguns ainda falarão a nosso respeito) . Quanto tempo de vida você imagina que terá depois de expirado seu prazo de validade? A boa notícia: enquanto alguém lembrar de você, sua morte será parcial. Minha avó Iby ainda vive (morreu aos 90) , meu colega Rooney ainda vive (morreu aos 34) , meus dois primos Flavio ainda vivem (um partiu aos 60, outro aos 56) . É como contribuo para a imortalidade que lhes coube, eles que nunca foram pilotos de Fórmula- 1 , jogadores de futebol, ídolos populares. Quem não é famoso precisa garantir a própria imortalidade através da autêntica e sincera saudade. Soube pelo obituário que um querido amigo perdeu o pai. Fazia anos que eu não tinha contato com ele, mas recordava que os dois eram muito