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Mostrando postagens de setembro, 2022

Cérebro não é feito para mudar de ideia

Autores de livros recentes no campo da ciência cognitiva procuram repensar o papel da razão, e descrever as armadilhas que ela nos prepara. Segundo algumas novas hipóteses: Ø   A lógica é apenas um artifício retórico para persuadir Ø   Nosso cérebro evoluiu de forma a nos convencer de que sabemos mais do que sabemos. Em psicologia, essa operação mental de dar atenção às evidências que sustentam nossa teoria preferida, e descartar as que a contradizem, tem nome: viés de confirmação. Ubíquo nas atividades humanas, ele não é um cochilo da razão, um simples erro aleatório que de vez em quando cometemos. Trata-se, ao contrário, de um elemento constitutivo de nosso pensamento, moldado por milhares de anos de evolução biológica. Há vários livros bem interessantes no campo da ciência cognitiva cujos autores procuram repensar o papel da razão, e descrever as armadilhas que ela nos prepara. I.       ‘ O Enigma da Razão’, dos franceses Hugo Mercier e Dan Sperber Para eles a razão é co

Pickleball

  A data de invenção é em meados dos anos sessenta, em Bainbridge Island, Washington, Estados Unidos. O primeiro registro que se tem do jogo é na casa do político Joel Pritchard, que trabalhou no Congresso e no exército desse país. A ideia, no entanto, foi de Barney McCallum, um amigo dele. Conta-se que os dois amigos se dispuseram a jogar badminton um sábado à tarde. Entretanto, como não encontraram o conjunto de apetrechos necessários para esse esporte – decidiram improvisar. Então, fizeram algumas pás de madeira, e usaram uma bola de plástico com buracos. O nome Pickleball veio do nome do cachorro de Joel Pritchard, Pickles, que ficou correndo atrás das bolas durante o jogo. O jogo é uma mistura de pingue-pongue, com tênis e badminton. Pickleball é um esporte de raquete, indoor ou ao ar livre, onde os jogadores, utilizando raquetes, batem uma bola. As raquetes, que eram feitas inicialmente de madeiras (pás) , hoje são de fibra de carbono; as bolas de plástico têm entre 26

Bolsonaro – o homem que queria ser Trump

Lançado pouco antes do falecimento da rainha, o último número de ‘The Economist’ traz Bolsonaro na capa. Tradicional marco do pensamento liberal, a revista expressa suas preocupações com a democracia, no contexto eleitoral brasileiro. Em 01 -Set 22 , Biden falava dos Estados Unidos, quando alertou que ‘a democracia não pode sobreviver se um lado acreditar que uma eleição só pode ter dois resultados: ou ganhei ou fui roubado’. Bem que podia estar falando do Brasil. Em outubro, Bolsonaro enfrentará uma eleição que, segundo as pesquisas, provavelmente perderá. Ele diz que aceitará o resultado, se for ‘limpo e transparente’ ̵ e realmente será. O sistema brasileiro de votação eletrônica é eficiente, e difícil de burlar. Mas aí está a pegada: Bolsonaro continua dizendo que as pesquisas estão erradas, e que sua vitória está garantida. Prossegue insinuando que a eleição poderia ser fraudada contra ele. Não mostra evidências confiáveis, mas seus apoiadores acreditam. Parece estar lançando