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Mostrando postagens de setembro, 2014

Por que?

Olhando para trás, para quando ainda era uma criança, percebeu que a lembrança mais marcante é de que era uma menina com muitas dúvidas. Vivia perguntando: ‘Por que?’ As perguntas,  próprias  de todas as crianças, eram muitas. Entretanto, poucos se davam ao trabalho, ou conseguiam responder. “ Por que o mundo gira em torno dele e do sol?  Por que a vida é justa com poucos e tão injusta com muitos? Por que o céu é azul?  Quem foi que inventou o Português?  Como foi que os homens e as mulheres chegaram a descobrir as letras e as sílabas? Como a explosão do Big Bang foi originada?  Será que existe inferno?  Como pode ter alguém que não goste de planta?  Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Um cego sabe o que é uma cor?  Se na Arca de Noé havia muitos animais selvagens, por que um não comeu o outro?  Para onde vou depois de morrer?  Por que eu adoro música e instrumentos musicais se ninguém na minha família toca nada?  Por que sou nervoso?  Por que há vento?  Por que as pessoas

Mundo Invisível

Andando à pé, na calçada de uma rua movimentada da cidade, lhe ocorreu o quanto todos somos dependentes uns dos outros. Dependemos de pessoas que, na sua quase totalidade, não conhecemos e nem vamos conhecer.  São pessoas que nos proporcionam, de alguma forma, tudo o que usamos, consumimos – desde a nossa roupa, até a água que bebemos, a qualidade do ar que respiramos.  Em torno de cada um de nós gira um mundo invisível de pessoas, do presente ou do passado, ou seus substitutos, sem as quais, teríamos muita dificuldade em continuarmos vivendo dentro do nosso  padrão de vida atual, usufruindo dos meios facilitadores aos quais estamos habituados. Tudo isso é devido ao sistema de vida  em sociedade. Um sistema  que começou há se formar há mais dos dois mil anos do nosso calendário.  Nossos antepassados se agregaram aos seus afins, com o objetivo egoísta de se defenderem das ameaças que sofriam por parte daqueles não eram do seu grupo, da sua espécie.  Pouco a pouco, foram se orga

Tempo Certo

Ele era um menino, com   cerca de oito anos de idade, que vivia numa comunidade agrícola,   no pequeno sítio da sua família.   A ele foram atribuídas algumas tarefas, como, por exemplo, alimentar as galinhas que eles criavam.   Além disso, tinha que frequentar e cumprir os deveres da escola, e cuidar do irmão menor, enquanto a mãe estava na lavoura. O tempo ia passando: os dias, as  noites; as estações do ano; o tempo chuvoso, o tempo de seca; plantação, colheita; ... Cada momento trazia consigo o seu significado, exigência, ações, e consequências. Terminado o Ensino Médio, conseguiu ser admitido numa faculdade. Infelizmente, ficava numa outra cidade. Após seus pais concordarem em mantê-lo por uns tempos na nova cidade, foi para lá, entrou e se adaptou na nova rotina. Basicamente, lá, o processo se repetia, muito parecido com o de quando estava em casa: observar e entender o momento, cumprir o que era necessário, e ter direito ao resultado (exigências, ações e consequências)

Realidades Paralelas

Eduardo acordou naquele dia, no mesmo horário e fez as mesmas coisas de sempre: levantar-se, separar a roupa que iria usar, tomar banho, se trocar e sair. Tomou o elevador, desceu até garagem, no subsolo do seu prédio, entrou no seu carro e pretendia sair, tomar seu café da manhã na cafeteria mais próxima, e seguir para a Universidade onde, há pouco tempo fora nomeado professor titular da cadeira de Física. Ao se sentar ao volante, ao fechar a porta do carro, teve como que uma vertigem – sentiu-se como que engolido pela terra. Ao voltar a si, estava andando sozinho por uma rua e cidade estranhas. Estranhas não só por serem desconhecidas, mas, principalmente, por terem uma configuração inusitada, com ares futuristas: os prédios, as pessoas, os veículos.   Enquanto olhava tudo aquilo, sem entender nada, alguém uniformizado, que aparentava ser um policial, dirigindo um meio de transporte que poderia ser uma prancha de surfe, com uma coluna de pilotagem no centro, onde se apoiava, pair

Escola em tempo integral

Primeiramente, é bom considerar a realidade da vida das famílias. Muitos pais simplesmente não têm com quem deixar a criança em casa, por isso eles usam o tempo integral escolar para os filhos, mas mesmo assim ficam com dúvidas e com culpa. Nesses casos, as dúvidas e a culpa dos pais atrapalham mais o filho do que o fato de ele ficar na escola por mais tempo. Se a família tem de usar essa alternativa, que seja com a convicção de que essa é a vida possível para eles. Afinal, por que alimentar culpa em relação ao que é impossível mudar? E os pais que podem escolher? É importante saber que não há respostas certas para as dúvidas. Não há consenso entre os estudiosos das ciências humanas sobre se é benéfico ou não, para os mais novos, dedicar mais de seu tempo à escola. Há pesquisas diversas que sustentam tanto a vertente dos que apontam mais vantagens quanto a dos que veem mais desvantagens no fato. E agora? Para ajudar os pais que estão em dúvida sobre a escolha mais acertada par