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Mostrando postagens de abril, 2016

Esfera da Memória

Paulo, quando entrou na faixa dos 60 anos, notou que as suas lembranças recorrentes referiam-se a uns poucos fatos que, embora parecessem recentes para ele, eram muito antigos. Parecia que o tempo estava encolhendo, quanto mais os anos passavam, mais rapidamente pareciam passar. A seleção dessas memórias eram feitas automaticamente, independentemente da sua vontade.  As lembranças variavam – podiam se referir a passagens boas e ruins, importantes e menos importantes, que ele vivenciou ou presenciou. Entretanto, todas tinham uma coisa em comum: elas afetaram a sua sensibilidade, os seus sentimentos, na época e até agora. À propósito, reportou-se aos acontecimentos de 11 de Setembro de 2011.  Nessa data, num ato terrorista, aviões foram jogados sobre o Edifício do WTC, em Nova York, EUA. Foi um grande sinistro que provou inúmeras mortes e um impacto mundial, pela violência e pelo inesperado. Aquele evento  ficou marcado em su

Esperança

Um rio que hoje passa magnifico no meio da mata, não foi sempre assim.  Ele começou como uma simples nascente, foi tomando um caminho, formando seu leito. Esse caminho às vezes era interrompido por alguma elevação, acidente do terreno. Ele parava de fluir, acumulava mais água até conseguir superar o obstáculo e continuar. Ocasionalmente, encontrou com outros fluxos de água menores, que foi incorporando, até se transformar no rio que vemos passar. Foi pensando nisso que Alex refletiu sobre a grande besteira que havia feito. Vendeu um bem que estava negociando por um preço abaixo do que esperava e, logo em seguida, apareceu um outro interessado que lhe pagaria o que ele queria inicialmente. Ele foi muito ousado, não teve paciência de esperar mais. Entretanto, como se diz:  ‘Errar é humano.’ E erro não precisa ser encarado apenas assim; pode também ser encarado como sendo o preço  da evolução. A evolução não é natural. Ela é fruto de preparação, trabalho, exposição, risco. Ela é

Relacionamentos Duradouros

Na maioria dos casamentos, os níveis de satisfação caem drasticamente nos primeiros anos juntos. Mas entre os casais que não só resistem, mas vivem felizes juntos por anos e anos, o espírito de bondade e generosidade os orienta para a frente. Todavia, boa parte dos casamentos fracassam, seja terminando em divórcio e separação ou criando amargura e infelicidade. De todas as pessoas que se casam, apenas três em cada dez permanecem em casamentos felizes e saudáveis, como o psicólogo Ty Tashiro aponta em seu livro “The Science of Happily Ever After ”. Os cientistas sociais começaram a estudar os casamentos ao observá-los em ação na década de 1970, em resposta a uma crise: Os casais estavam se divorciando a taxas sem precedentes. Preocupados com o impacto que esses divórcios teriam sobre os filhos dos casamentos desfeitos, psicólogos decidiram estudar os casais, trazendo-os para o laboratório para observá-los e determinar quais são os ingredientes de um relacionamento saudáve

Tudo vai passar

"Eles vão crescer e dispensar nosso colo. Vai chegar a fase em que os amigos serão mais importantes que os pais. Que nossas demonstrações de afeto serão consideradas um grande mico. Que em vez de torcemos para que eles durmam, torceremos pra que cheguem logo em casa. Que não se interessarão pelos velhos brinquedos. Que o alvoroço na hora do almoço, dará lugar a calmaria. Que os programas em família serão menos atrativos que o churrasco com a turma. Que dirão coisas tão maduras que nosso coração irá se apertar. Que começaremos a orar com muito mais frequência. Que morreremos de saudade de nossos bebês crescidos. Por isso... Viva o agora. Releve as birras. Conte até 10. Faça cosquinhas. Conte histórias. Dê abraços de urso. Deite ao lado deles na cama. Abrace-os quando tiverem medo. Beije os machucados. Solte pipa. Brinque de boneca. Faça gols. Comemorem. Divirtam-se. Acorde cedo aos domingos pra aproveitar mais o dia. Rezem juntos. Estimule-os a cultivar

Realidade Inesperada

Ana era uma moça recém formada em Engenharia de Produção, que trabalhava já há alguns anos em uma corretora de valores. Seu salário era razoável, e havia lhe permitido adquirir o imóvel onde morava atualmente. Tinha o seu próprio carro, e desfrutava de um padrão de vida confortável para alguém da sua idade. Oportunamente, fez um teste, uma entrevista, para um novo emprego e acabou sendo convidada para trabalhar na fábrica de uma tradicional montadora de automóveis instalada no país. Esse era o seu sonho, desde a época de estudante. O salário oferecido era um pouco inferior ao atual, mas era inicial, e as perspectivas de evolução eram muito promissoras. Informou sua intenção ao seu superior na corretora. Ele, a principio, não ficou contente com a notícia, mas acabou aceitando seus motivos, e ainda orientou ao RH para efetivar seu desligamento como se a empresa a estivesse dispensando, permitindo assim que ela recebesse todos os benefícios adicionais previstos para esses cas