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Mostrando postagens de abril, 2017

Última Estação

Parte I Robert, um homem de cerca de 70 anos, teve uma vida profissional satisfatória e produtiva. Mas, agora, em decorrência da idade principalmente,  havia sido afastado compulsoriamente da última empresa onde trabalhara por cerca de 25 anos, e onde, imaginava, iria ficar para sempre. Ledo engano – nada é para sempre! Tentou se recolocar utilizando sua rede de contatos. Mas, nada do que foi oferecido lhe interessou. É difícil regredir quando você, durante toda a sua vida, teve por princípio progredir. Ficou atento às oportunidades fortuitas - afinal, até agora, tudo sempre  dera certo na vida dele. Mas, incrivelmente, nada surgia. Parecia que o mundo conspirava contra ele. A situação em que se encontrava era agravada pelo fato de que agora, com seus rendimentos reduzidos, não conseguia manter o padrão de vida anterior, e isso refletia na sua relação familiar, com seus dependentes. Eles se afastavam indignados, considerando que estavam como estavam –não podendo

Abra seu Coração

"Somos as únicas criaturas na face da terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos! Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificados por eles. Um surto de depressão pode arrasar seu sistema imunológico; apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente. A alegria e a realização nos mantém saudáveis e prolongam a vida. A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse. Quem está deprimido por causa da perda de um emprego, projeta tristeza por toda parte no corpo - a produção de neurotransmissores por parte do cérebro reduz-se, o nível de hormônios baixa, o ciclo de sono é interrompido, os receptores neuropeptídios na superfície externa das células da pele tornam-se distorcidos, as plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos e até suas lágrimas contêm traços químicos diferentes das

Caraguatatuba

O aniversário de Caragutatuba é comemorado em 20 Abril. Foi nessa data que, em 1857, pela lei nº 30,   sancionadas por Antônio Roberto D'Almeida, Vice-presidente da província de São Paulo, Caraguá foi elevada à categoria de Vila. Foi então emancipada   político-administrativamente, deixando de pertencer a São Sebastião. Origem do Nome No século XVI, os Tupinambá já habitavam primitivamente o território da enseada de Caraguatatuba. Neste período, o sítio ficaria conhecido como terra abundante em Caraguatás. A planta bromeliácea de cujas fibras os padres missionários confeccionavam suas sandálias, deu origem a denominação ‘Caraguá’, corruptela de ‘caraguatá’ e ‘tuba’, grande  quantidade. O Município de Caraguatatuba continua sendo uma região abundante em Caraguatás os quais são facilmente encontrados em meio às matas, sobrevivendo em lugares úmidos. O Habitante Primitivo de Caraguatatuba Desde o século XVI, todos os registros referentes aos índios Gueromimis, apr

Céu Real

Uma boa história, contada por um escritor alemão moderno, ajuda a imaginar o que seria a vida eterna, mais do que todas as tentativas racionais de explicação. Em um mosteiro medieval moravam dois monges ligados entre si por profunda amizade espiritual. Um se chamava Rufus e o outro Rufinus. Em todo o seu tempo livre a única coisa que faziam era tentar imaginar e descrever como seria a vida eterna, na Jerusalém celeste. Rufus que era um mestre-de-obras imaginava-a como uma cidade com portas de ouro, cravejada de pedras preciosas; Rufinus que era organista, como toda ressoante de celestes melodias. No final, fizeram um pacto: qualquer um deles que tivesse morrido primeiro deveria voltar na noite seguinte, para garantir ao amigo que as coisas eram assim como eles haviam imaginado. Teria sido suficiente uma palavra. Se fosse como eles tinham pensado, se deveria dizer simplesmente: T aliter !, ou seja, isso mesmo!; mas se fosse de outra forma –o que eles achavam completamente imp

Geração Digital

"A geração Y nasceu na era digital. São homens e mulheres socialmente responsáveis que, de acordo com um relatório da Deloitte sobre tendências do capital humano, constituirão 75% da força de trabalho em 2025. É uma geração digital astuta, nascida para revolucionar a futura economia digital. A geração atual tem potencial para criar um mundo antes jamais imaginado, enfrentando desafios também nunca imaginados. As Nações Unidas estimam cerca de 75 milhões de jovens desempregados no mundo todo. A taxa varia na esfera global, com os países em crise econômica, como Espanha, Grécia, México e vários países do Oriente Médio, apresentando taxas de 40% ou mais. É uma geração que sofre também com a falta de qualificação. Hoje, 73% dos CEOs consideram a falta de capacidade técnica de seus funcionários a maior ameaça para o crescimento da empresa. E motivos não faltam para essa preocupação. Embora o grau de educação formal da geração Y seja superior comparado ao dos pais ou avós, a

Passa Quatro - MG

Em Passa Quatro, no sul de Minas Gerais, a serra da Mantiqueira é o maior atrativo. Erguida sobre um vale, a cidade é a maior (16 mil habitantes) e a mais estruturada das oito que estão no circuito turístico ‘Terras Altas da Mantiqueira’. A facilidade de acesso e a proximidade com Rio e São Paulo fazem do lugar ponto de encontro de aventureiros de final de semana. A região é um chamariz para alpinistas, pela concentração de picos acima de 2.600 metros. E também para quem gosta de fazer trilhas e acampar na montanha. Não é preciso pagar nada para ingressar nas montanhas. Mas a diária de um serviço de guia beira R$ 100. O passeio mais procurado é a travessia da serra Fina. A trilha feita na formação rochosa liga Passa Quatro à vizinha Itamonte (30 km). O circuito é considerado um dos mais difíceis da região. A travessia completa leva quatro dias e exige boa estrutura de acampamento para enfrentar a baixa temperatura à noite, além de bom condicionamento físico por conta de subi

Estaremos a viver a nossa vida como se fosse uma segunda vida?

"O terrorismo visitou Londres -mais uma vez. Nos dias seguintes, os sobreviventes falaram. Um deles correu mundo em fotografia que se tornou icônica: vemos um rapaz de vinte e tantos anos, com barba, sentado numa cadeira de rodas, embrulhado num cobertor. O nome é Francisco Lopes, 26, português. E, desnecessário será dizer, a mídia lusa assaltou o patrício para entrevistas e testemunhos. Não sei o que esperavam escutar. Francisco, que vive e trabalha em Londres, limitou-se a banalidades. Mas como são belas as banalidades! Para começar, tudo lhe pareceu rápido, assustadoramente rápido: ele já estava no fim da ponte de Westminster, junto ao Big Ben, quando sentiu o bafo do carro sobre o ombro. Atingido pelo terrorista, verificou que estava vivo. Ferido, mas vivo. Levado para o hospital, seguiram-se os curativos e, depois dos curativos, as primeiras impressões. ‘Sinto que tenho uma segunda vida’, disse ele aos jornalistas. E agora? O que fazer com essa ‘segunda vida’? O

31 Março 1964

“Gostaria de dizer algumas coisas sobre o que aconteceu no dia 31/03/1964 e nos anos que se seguiram. Porque concluo, diante do que ouço de pessoas em quem confio intelectualmente, que há algo muito errado na forma como a história é contada. Nada tão absurdo, considerando as balelas que ouvimos sobre o 'descobrimento' do Brasil ou a forma como as pessoas fazem vistas grossas para as mortes e as torturas perpetradas pela Igreja Católica durante séculos.  Mas, ainda assim, simplesmente não entendo como é possível que esse assunto seja tão parcial e levianamente abordado pelos que viveram aqueles tempos e, o que é pior, pelos que não viveram. Nenhuma pessoa dotada de mediano senso crítico vai negar que houve excessos por parte do Governo Militar. Nesta seara, os fatos falam por si e por mais que se tente vislumbrar certos aspectos sob um prisma eufemístico, tortura e morte são realidades que emergem de maneira inegável. Ocorre que é preciso contextualizar as coisas. Porqu