Pular para o conteúdo principal

Festas Juninas, Arte e Tradição




Heitor dos Prazeres


Festas juninas ou joaninas?

Se um dia, em algum lugar, foram joaninas (apenas em homenagem a São João), há muito tempo abarcaram também os santos Antônio e Pedro (e ainda Paulo, em tempos mais antigos).

Dos rituais pagãos em que se inspiraram – talvez o mais forte tenha sido o costume de desafiar fogueiras –, até chegar aos nossos dias, poucos traços sobraram. Ficou o clima de congraçamento e alegria.

Vindas pela via das tradições católicas da Europa, as festas juninas foram definitivamente marcadas por costumes das nações que tinham contato com o Portugal colonizador:

‘Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da Península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha’.

Por outro lado, viajando no espaço e no tempo pelo Brasil, não poderiam ficar sem nossas marcas: aqui, traços estrangeiros se abrasileiraram e tomaram feições domésticas e regionais; mesclaram traços de religiosidade de índios, africanos e imigrantes, incorporaram rituais da colheita do milho, amendoim e feijão (com as características de cada lugar) e absorveram peculiaridades culturais dos diferentes estados brasileiros.

Nós, urbanos apressados, parece não termos tempo para tal manifestação de cultura e arte popular. Mas sua força, colorido, diversidade e beleza sobrevivem e renascem, todo ano, por terras interioranas e recantos mais tradicionais. Provavelmente, sem balões e fogueiras (por consciência ecológica), com danças e comidas, às vezes, ‘modernas’ ou modernizadas.


Di Cavalcanti


Principais curiosidades sobre Festa Junina no Brasil

ü A Festa Junina tem suas origens na cultura europeia da época da Idade Média. Foi trazida para o Brasil pelos colonizadores portugueses, porém sofreu várias adaptações em nosso território, onde foram incorporadas tradições brasileiras.

ü Para cada santo há um tipo de fogueira diferente. Na fogueira de São João as madeiras são colocadas em formato de cone. Na fogueira de Santo Antônio, as madeiras são colocadas em formato de quadrado. Já na fogueira de São Pedro, as madeiras ficam na posição de triângulo.

ü Há muitos anos, em Portugal, a Festa Junina era chamada de ‘Festa Joanina’, em homenagem a São João Batista.

ü As canções de Luiz Gonzaga (‘o rei do Baião’) são as mais tocadas nas Festas Juninas brasileiras.

ü A Festa Junina é a segunda mais importante festa popular brasileira da cultura brasileira (fica atrás somente do Carnaval).

ü O milho é a base de muitas comidas da Festa Junina, pois é neste mês que ocorre a sua colheita.

ü A região Nordeste do Brasil é a que mais comemora a Festa Junina.

ü A quadrilha é um dos destaques da Festa Junina no Brasil. Esta dança surgiu como uma forma de agradecimento aos três santos católicos (São João, São Pedro e Santo Antônio) pela colheita realizada.

ü A maior Festa Junina do Brasil ocorre na cidade paraibana de Campina Grande, reunindo milhares de pessoas todos os anos.

ü Antigamente, imagens dos três santos católicos da Festa Junina eram pintadas em bandeiras e espalhadas pelos locais da festa. Com o tempo, estas bandeiras foram transformadas em bandeirinhas, que até hoje são usadas para decorar os ambientes da festa.

ü As roupas típicas da Festa Junina estão relacionadas ao modo de se vestir dos habitantes da zona rural de décadas atrás.

ü A fogueira, símbolo marcante das festas juninas, é uma tradição de origem pagã, que servia para comemorar o solstício de verão no hemisfério norte.

ü  Os instrumentos musicais mais utilizados para acompanhar as músicas das festas juninas são: violão, viola, triângulo, sanfona, zabumba, pandeiro e cavaquinho.





Volpi - Bandeirinhas
 


Fonte: Lilian Arradi Facury, Em Busca de Autoria  |  Curiosidades sobre Festa Junina no Brasil



(JA, Jun19)

Postagens mais visitadas deste blog

Grabovoi - O Poder dos Números

O Método Grabovoi  foi criado pelo cientista russo Grigori Grabovoi, após anos de estudos e pesquisas, sobre números e sua influência no nosso cérebro. Grigori descobriu que os números criam frequências que podem atuar em diversas áreas, desde sobrepeso até falta de concentração, tratamento para doenças, dedicação, e situações como perda de dinheiro. Os números atuam como uma ‘Código de desbloqueio’ dentro do nosso inconsciente, criando frequências vibratórias que atuam diretamente na área afetada e permitindo que o fluxo de informações flua livremente no nosso cérebro. Como funciona? As sequências são formadas por números que reúnem significados. As sequências podem ter  1, 7, 16, ou até 25 algarismos, e quanto mais números, mais específica é a ação da sequência. Os números devem ser lidos separadamente, por exemplo: 345682 Três, quatro, cinco, seis (sempre o número seis, não ‘meia’), oito, dois. Como praticar Você deve escolher uma das sequencias num

Thoth

Deus da lua, juiz dos mortos e deus do conhecimento e da escrita, Thoth (também Toth, ou Tot, cujo nome em egípcio é Djehuty) é um deus egípcio, representado com cabeça de íbis. É o deus do conhecimento, da sabedoria, da escrita, da música e da magia. Filho mais velho do deus do sol Rá, ou em alguns mitos nascido da cabeça de Set, era representado como um homem com a cabeça da ave íbis ou de um babuíno, seus animais sagrados.   Sendo o deus associado com o conhecimento secreto, Thoth ajudou no sepultamento de Osíris criando a primeira múmia. Era também o deus das palavras, da língua e posteriormente os gregos viam este deus egípcio como a fonte de toda a ciência, humana e divina, do Egito. O culto de Thoth situava-se na cidade de Khemenou, também referida pelos gregos como Hermópolis Magna, e agora conhecida pelo nome árabe Al Ashmunin. Inventor da escrita Segundo a tradição, transmitida também por Platão no diálogo Fedro, Thoth inventou a escrita egípc

O Homem do Saco, ou Papa Figo

Segundo a lenda, O Homem do Saco pega e carrega crianças que estejam sem nenhum adulto por perto, em frente às suas casas, ou brincando na rua. O sinistro Homem do Saco, também conhecido como ‘Papa Figo’, não tem poderes misteriosos ou místicos, muito menos habilidades sobrenaturais. Mas possui o atributo mais perigoso que pode existir - a mente humana. Originalmente Papa Figo possui uma aparência comum, ainda que bastante feia. É descrito como um homem velho e de jeito esquisito; é comum vê-lo sempre carregando um grande saco pendurado nas costas. Devido ao seu jeito costuma chamar a atenção das pessoas. Por conta disso, o velho Papa Figo prefere agir por meio de seus ajudantes para atrair suas inocentes vítimas, em geral crianças com idade abaixo dos 15 anos. Mas há relatos de jovens de 16 e 17 anos que tiveram seu sumiço associado ao Papa Figo. O Papa Figo seria um homem de bastante posses que, através de promessas de pagamentos em dinheiro, acaba at